Daniele Araldi

Carne Angus: 20 anos de conquistas

Um ano de dupla comemoração para a Associação Brasileira de Angus. São 60 anos da fundação da Associação e 20 anos do Programa Carne Angus Certificada. O maior programa de certificação de carne do Brasil, abateu, nesse período, mais de 5 milhões de animais, gerando em torno de 250 milhões de kg produzidos de carne com garantia de qualidade.


Do RS para o Brasil

O programa, pioneiro na certificação de qualidade, teve início em 2003 no frigorífico Mercosul, com alguns poucos produtores que forneciam os animais para o abate. Hoje, são mais de 24.780 produtores inscritos na plataforma do programa que produzem a carne que chega ao prato do consumidor. O programa está em 11 Estados, em 44 unidades industriais e tem 64 técnicos credenciados trabalhando diariamente para garantir a qualidade Angus.


O programa

“Com objetivo de fomentar a raça Angus, gerar reconhecimento do consumidor a partir da qualidade do produto, o programa integrou a cadeia da carne, valorizou todos os elos e transformou a pecuária de corte nos últimos anos. Sem dúvida, um ano de gratidão e celebração por essa jornada”, comemora a médica veterinária Ana Doralina Menezes, que foi a primeira técnica certificadora de desossa, em 2003, e hoje é a gerente nacional do programa.

Angus sustentabilidade

Desde 2019, o Selo Angus Sustentabilidade atesta a adoção de boas práticas de sustentabilidade, responsabilidade social, rastreabilidade, sanidade, bem-estar animal e biossegurança em propriedades que utilizam a genética Angus. O programa é o único do gênero no país a estar lastreado por uma certificadora externa, a alemã Tüv Rheinland. Com certeza, um grande estímulo a projetos sustentáveis rumo a uma pecuária com cada vez menos impacto ambiental.


Bovinocultura de leite

O Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS, divulgado pela Emater durante a 46ª Expointer, mostrou que, três em cada cinco propriedades deixaram de produzir leite no Estado nos últimos oito anos. Os 33,02 mil estabelecimentos contabilizados em 2023 apontam uma redução de 60,7% em relação a 2015, quando somavam mais de 84 mil. É o pequeno produtor que está deixando a atividade e quem permanece são produtores que conseguem maior produtividade, a partir de maior escala de produção.


Aumento de produtividade, mas queda na produção

O relatório aponta aumento na produtividade média das vacas leiteiras de 39% nesses últimos oito anos, alcançando a média de 16,3 litros de leite produzidos por vaca por dia. No mesmo período, o rebanho e a produção de leite diminuíram. O número de animais caiu 34,5%, e a produção, 8,91% somando agora 3,8 bilhões de litros por ano. Reflexos da estiagem e da acentuada crise no setor lácteo.


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